A Maior
Flor do Mundo
Era uma vez um menino que gostava muito de
aventuras.
Certo dia, o menino saiu pelos fundos
do quintal e chegou ao rio Nilo, mas de rio já estava ele saturado, desde
pequeno que o via. Mas foi aí que começou a sua grande aventura.
Desceu pelo rio mas, no entanto,
decidiu cortar a direito, saltando de árvore em árvore, como um pintassilgo,
correndo por bosques e passando por belas campainhas brancas…
Depois de tanto andar, encontrou uma
colina parecida com uma tigela voltada ao contrário. Resolveu subi-la… E o que
encontrou ele? Nem a sorte nem a morte, nem as tábuas do destino… Era apenas
uma flor, uma flor tão caída, tão murcha e, como o menino era especial de
história, decidiu salvá-la. Mas água ali no alto nem pinga, só no rio!
Deu-se o menino ao trabalho de descer a
encosta e de ir buscar água ao rio. Fez cem mil viagens à Lua, vinte vezes cá e
lá e, assim, a flor começou a dar um cheiro perfumado ao ar.
O menino ficou cansado e deitou-se no
chão. A flor, como agradecimento, deixou cair uma pétala em cima do menino
adormecido.
Já era sol-pôr e, como é costume, os
pais começaram a ficar bastante preocupados. Fizeram muitas buscas, mas não
encontravam o menino…
Passado algum tempo, todos em carreira,
olharam para cima e viram uma grande flor, que nem sabiam que ali pudesse
existir. Foram, então, ver se o menino estava lá e estava.
Depois, o menino foi levado para casa…
Quando o menino saía à rua, as pessoas
diziam que aquela criança tinha saído de casa para fazer uma coisa maior do que
o seu tamanho…
O menino nunca mais se esqueceu da
aventura que viveu e da boa ação que praticou.
(Reconto da história: «A Maior Flor do
Mundo», da autoria de José Saramago)
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