Estava eu sozinha numa ilha, completamente deserta, sem ninguém em meu redor. Nesse dia, o sol estava escaldante, o mar estava calmo, a maré estava baixa… Decidi descansar… No entanto ouvi um som tão suave, um som que me fez lembrar a voz de um golfinho. Abri os olhos e dei um salto tão grande! Assustada, recuei lentamente e gaguejei:
- Tuuuuuu!!... Falaaaaas?!O golfinho era cor-de-rosa brilhante, era uma fêmea, e exclamou:
- Não te assustes, não te faço mal! Apenas estava aqui a pensar em mudar a cor do mar, a cor do céu, a cor das nuvens, a cor do Sol… Contudo, eu não tenho tinta. Tu tens, por acaso?
Já com alguma confiança, eu respondi:
- Desculpa, não tenho nenhuma tinta, mas posso procurar pela ilha… Pode ser que encontre!
Andei, andei e, ao rodear uma árvore, olhei para cima e vi latas penduradas: uma lata de tinta azul, uma de tinta amarela, e uma lata de tinta branca. Fui logo, a correr, contar ao golfinho. A nossa sorte foi que as tintas já tinham pincéis.
Começámos a pintar. Com o amarelo pintámos o mar, com o branco colorimos a parte exterior dos cocos e a parte mais difícil foi pintar o alto Sol. Tivemos de usar uma corda enorme e… TLIM…TLAM…
Então, o golfinho perguntou, todo animado:
- Voltamos a pintar? Voltamos às trocas? Voltamos a fazer trocas e baldrocas?! É divertido mudar as cores das coisas reais!
E lá voltámos nós a trocar as cores. Trocámos e voltamos a trocar… Até que o mar ficou azul, o Sol ficou amarelo as nuvens ficaram brancas, etc.
De tão cansados que estávamos, adormecemos a pensar em mudar sempre as cores… Um arco-íris cobriu-nos, fazendo de cobertor…
Assim acaba esta história de trocas e baldrocas entre cores. Cada objeto (ou ser da natureza) tem a sua própria cor e a sua maneira de ser, por isso é melhor deixarmos as cores no seu devido lugar…
Letícia de Sousa Duarte – 4.º E – E.B. Devesinha
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